
Empreender é, por essência, um ato de visão. Mas quando essa visão transcende fronteiras e se estende à possibilidade de viver e prosperar na Europa, ela precisa estar ancorada em algo mais do que coragem: precisa de estratégia, estrutura e, sobretudo, legalidade.
Portugal tem se consolidado como um dos destinos mais atrativos para empreendedores estrangeiros. O ambiente de negócios acolhedor, a estabilidade política, os incentivos à inovação e a possibilidade de acessar o mercado europeu fazem do país um polo natural para quem deseja abrir sua empresa e imigrar. E o caminho jurídico que torna esse projeto possível é o Visto D2, conhecido oficialmente como o visto para atividade empresarial ou para imigrantes empreendedores.
Neste artigo, você entenderá como funciona o Visto D2, quem pode solicitá-lo, o que é necessário para montar sua empresa e, principalmente, como transformar um projeto empresarial em um plano sólido de imigração e residência em Portugal.
O que é o Visto D2?
O Visto D2 foi criado para atrair empreendedores estrangeiros com projetos viáveis de negócio para o território português. Ele permite que o titular resida legalmente no país com base na atividade empresarial que pretende desenvolver, podendo ainda reunir a família sob o mesmo título.
Ao contrário de outros tipos de vistos, o D2 não exige altos investimentos financeiros imediatos. O que se exige é consistência, clareza e viabilidade. Em outras palavras: não se trata de quanto você vai investir, mas de como seu negócio pode gerar valor para a economia portuguesa, ainda que em pequena escala.
Quem pode solicitar?
O Visto D2 é indicado para:
• Estrangeiros que desejam abrir uma nova empresa em Portugal;
• Empresários já ativos no estrangeiro que querem expandir para o mercado português;
• Profissionais autônomos que pretendem atuar como prestadores de serviços (desde que legalmente organizados);
• Sócios de empresas portuguesas, mesmo de pequeno porte, desde que com atividade regular e estrutura estabelecida.
O mais importante é que o solicitante demonstre preparo, intenção legítima de desenvolver uma atividade empresarial em Portugal e meios para viabilizá-la.
O plano de negócios: o coração do processo
Se há um elemento decisivo para o sucesso de um pedido de Visto D2, é o plano de negócios. Esse documento deve ser mais do que uma ideia abstrata: ele precisa traduzir, com objetividade e técnica, como a sua empresa vai operar, quais serão os produtos ou serviços oferecidos, qual o público-alvo, o potencial de retorno e o impacto econômico para Portugal.
É comum vermos pedidos indeferidos por apresentarem planos genéricos, copiados da internet ou mal estruturados. As autoridades migratórias portuguesas não buscam “grandes ideias” — buscam propostas viáveis, conectadas com a realidade do mercado local.
Por isso, contar com orientação jurídica e contábil especializada na estruturação do plano de negócios é fundamental. Mais do que uma formalidade, ele é a peça-chave que sustenta todo o processo.
Quais documentos são exigidos?
Além do plano de negócios e da identificação pessoal, o processo exige:
• Registro da empresa ou declaração de intenção de constituição;
• Comprovação de meios financeiros para se manter no país;
• Comprovante de alojamento em Portugal;
• Certidões negativas de antecedentes criminais;
• Comprovação de habilitação profissional, quando aplicável;
• Seguro de saúde internacional válido;
• E outros documentos conforme o perfil do empreendedor e a complexidade da atividade pretendida.
Vale destacar: cada consulado pode exigir variações na documentação, motivo pelo qual o acompanhamento jurídico é essencial para evitar falhas formais.
Quais os benefícios de obter o Visto D2?
Além da residência legal por um ano, renovável, o Visto D2 permite:
• Solicitar autorização de residência para familiares;
• Acesso ao sistema de saúde, educação e segurança social;
• Possibilidade de circular e empreender em outros países da União Europeia (em determinados casos);
• Caminho facilitado para a residência permanente e, futuramente, para a nacionalidade portuguesa.
Trata-se, portanto, de um visto que combina mobilidade internacional com estabilidade legal, ideal para quem deseja empreender com liberdade, mas sem abrir mão da segurança jurídica.
Por que evitar caminhos fáceis?
Infelizmente, é crescente o número de brasileiros que tentam usar o Visto D2 como uma “porta de entrada” genérica, sem estrutura empresarial real. Alguns chegam a constituir empresas apenas no papel, sem atividade, operação ou propósito definido.
Essa estratégia é extremamente arriscada: não apenas o visto pode ser indeferido ou cancelado, como o solicitante pode ficar impedido de requerer novos títulos de residência em Portugal ou em outros países da UE.
Empreender no exterior exige mais do que boa vontade: exige respeito às normas do país que está acolhendo você e sua empresa.
Como o escritório Filipe Vigo pode ajudar?
O escritório Filipe Vigo Advocacia Internacional atua de forma estratégica na preparação, estruturação e acompanhamento completo de processos de Visto D2. Da análise do perfil do empreendedor à elaboração do plano de negócios, passando pela abertura da empresa e acompanhamento jurídico da solicitação do visto, oferecemos um serviço completo, transparente e seguro.
Trabalhamos com imigrantes, empresários e empreendedores de diferentes setores, conectando a realidade do mercado brasileiro às exigências da legislação portuguesa.
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